quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

back in the game





Pode seguir a tua estrela
O teu brinquedo de star
Fantasiando em segredo
O ponto aonde quer chegar

O teu futuro é duvidoso
Eu vejo grana, eu vejo dor
No paraíso perigoso
Que a palma da tua mão mostrou

Quem vem com tudo não cansa
Bete balança meu amor
Me avise quando for a hora

Não ligue pra essas caras tristes
Fingindo que a gente não existe
Sentadas, são tão engraçadas
Donas das suas salas

Quem tem um sonho não dança
Bete Balanço, por favor
Me avise quando for embora





x)

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

a minha pressa



Se a cada dia nós fizéssemos um pouco do que a gente diz, teríamos mais daquilo chamado essência.

Palavras são vazias, e repeti-las não muda muito das atitudes e consequências. 
O saber é bem diferente do dizer. E o que se é, tá lá de longe, olhando o que se pensa ser.





"Dá-me a tua mão: 
Vou agora te contar 
como entrei no inexpressivo 
que sempre foi a minha busca cega e secreta. 
De como entrei 
naquilo que existe entre o número um e o número dois, 
de como vi a linha de mistério e fogo, 
e que é linha sub-reptícia. 



Entre duas notas de música existe uma nota, 
entre dois fatos existe um fato, 
entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam 
existe um intervalo de espaço, 
existe um sentir que é entre o sentir 
- nos interstícios da matéria primordial 
está a linha de mistério e fogo 
que é a respiração do mundo, 
e a respiração contínua do mundo 
é aquilo que ouvimos 
e chamamos de silêncio."


(Lispector)

sábado, 31 de outubro de 2009

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

home sweet home

Lembranças boas podem mudar seu dia.


Felicidade é um troço engraçado. É estranho como a gente sempre quer 'ter'... E vai atrás das coisas, se desespera. É uma agonia danada. 
Cada vez que eu lembro das coisas boas, das alegrias de momentos perdidos em algum cantinho qualquer, eu fico feliz. E sem fazer nada demais. 
Talvez seja um recado, você mesmo se dando uma sacudida. A coisa boa tá aí, rapá! Assume isso e deixa de história. Assume tuas vontades e corre atrás. 


Meu endereço pode mudar. Eu posso mudar. As pessoas podem mudar. Mas o que você teve nunca vai mudar. Passado é estático. E, pelo menos o meu, pode ser uma boa fonte de certezas.



Talvez eu leia isso aqui daqui a um tempo e ache tudo papo furado e clichê, mas é o que deu vontade de escrever agora. Me confrontou como uma daquelas obviedades gritantes.
Ah, e também foi pra escrever sobre outra coisa que não fosse tensões de ruptura em dielétricos e tempo de reverberação em salas tratadas acusticamente. 
Vocês que me amam agora vão continuar me amando se eu endoidar, né?

sábado, 3 de outubro de 2009

tips





Esse é pra aqueles que sentem.
As paredes rachadas são como uma prova do que passou. Trago palavras... Mas elas se perdem. Eu sempre disse que elas são minhas. Se outras pessoas tentam entendê-las, quem sou eu para dizer que está errado?
Esse é pra aqueles que choram.
Rasgar todas essas fibras que insistem em deter os movimentos mais inesperados. Pareço cansada, sem nenhum esforço aparente. Desta vez eu preciso de uma verdade inventada, preciso sentir o entendimento. Dessa vez, eu não sei o que é... Elas são pra eles.
Esse é pra aqueles que amam.
Existe um espaço enorme entre aquilo que eu desejo e o que eu tenho. Não é coisa ruim. Se não fosse isso, me vida seria pequena. Tudo milimetricamente encaixado. Chato.
É que as vezes eu quero forçar o encaixe. Forçam o encaixe. Eu sou meio amorfa. As coisas são mutáveis. Difícil é achar algo que valha a pena pra preencher os espaços.
Esse é pra mim.
Um café. Banho quente. E tudo volta pra aquela sensação de segunda-feira.




but i'm a girl who needs some action.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

tinindo trincado




Quem me dera ser como o silêncio.
É a ausência quem torna a presença significativa.

Menos barulho, menos ruído.
Me esquece. Não me magoa.
Só não faz essa dança com esse som que eu sou.

Eu queria ser silêncio.
Não me tortura assim. Enfatizando cada nota.
Me deixa na calma da raiva, que eu esqueço teu capricho.

Me silencia. Some daqui.
Desaprende o caminho e não manda notícia.
Parei de confundir os ecos.


;)

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

segunda-feira, 31 de agosto de 2009








How Can I Sleep With Your Voice In My Head?
.

domingo, 23 de agosto de 2009

barreira





Entre o que é e o que deveria ser, o que foi dito e o que deveria ter falado.
Pensamentos e atitudes, palavras e realidade.
Entendimento e o verdadeiro sentido. Eu e você. Nós e eles. Eu e eu.
O desejo e a capacidade de tornar tudo palpável.
Em comum, a mentira, esse elemento único.
Ela vive bem na solidão, a mania de entremeá-la é nossa.
Não se pode derrubar uma barreira com outra.
Nessa história, caminho fácil é coira rara. Labirinto às avessas.


Campo aberto é o que quero.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

nonsense





Eram duas de mim.

Enquanto umas informações pareciam atingir uma, na outra nem de longe causavam impacto.

Antônimos. Tão sólidos e bem construídos de longe. Não existia uma hora pra cada, somente o fluir natural das coisas já bastava. Maré cheia se percebe de longe.

E foi então que veio a confusão. Um entardecer repentino, daqueles com direito a narração sombria dos fatos. Foi como aquele ingrediente que desequilibra totalmente a receita. Uma pequena pitada e já era.

Too late, baibe... Eram coisas das duas, não tinha mais essa de divisão metódica das alegrias e tristezas. Problema, problema. E uma espécie de náusea constante me tomou porque eu estava errada. Não eram duas de mim, era minha pessoa naquelas duas.

Me perdi. Me perderam. Sem maiores dramas. Afinal de contas, foi mais aquela coisa de otimização, só não sei se o principal objetivo foi atingido. Fato é que cá estou. Um pouquinho do que era de cada. Toda em mim.






smiled and said: 'yes I think we've met before'

terça-feira, 28 de julho de 2009

esconderijo






procuro a Solidão
como o ar procura o chão
como a chuva só desmancha
pensamento sem razão
procuro esconderijo
encontro um novo abrigo
como a arte do seu jeito
e tudo faz sentido
calma pra contar nos dedos
beijo pra ficar aqui
teto para desabar
você para construir




_________________________________

Pensando bem, pode mesmo chegar a se arrepender.
E pode ser, então que seja, tarde demais...
Vai saber?

terça-feira, 14 de julho de 2009

colateral





Lucidez. Minha luz.


Toda vez que ela vem, já era. Me encadeia. Permeia. Clareia tanto que mais nada se vê.

Fico fácil. Dócil. Uma demência feliz me engradece. Engrandece por que nada mais me pára. Não por uns segundos.

E eu que não era mutável me torno maleável. E eu que era dura e meio seca me derreto com um mero ofuscamento. Minha luz.

Fica o dito pelo não dito, pois toda vez que a claridão vai embora, passo alguns momentos ainda tateando no ar, as imagens novamente se compondo. Lucidez.

Acidez. Com a escuridão o olhar se acostuma, mas de claridade não se tem notícia de costume. Egoísmo. Minha luz.

Me dá um pouco desse teu jeito. Não pra eu ser assim, mas pra ver se fica na cabeça e eu não me encanto tanto quando você vem.

Na verdade, eu não quero mais. Mas minha verdade está na essência e nem ela escapa. Rasga. Atrapalha.



Minha Lucidez.

terça-feira, 30 de junho de 2009

mais um

.
Incrível como as pessoas tem mania de achar que o problema delas é o mais sério, que a causa individual de cada um de nós é a mais nobre, que você é uma pessoa diferente pelos seus pensamentos e suas atitudes são incompreensíveis por aqueles pobres mortais que não enxergam isso.

Eu vejo como um mecanismo de defesa, como uma proteção e até justificativa que precisamos 'apresentar' diante de certas atitudes.

E fica falando que é assim ou assado, que é feito pra o doce sabor da liberdade, que não nasceu pra obedecer regras da sociedade, que ninguém entende o jeito como se pensa e como a incompreensãode todos é difícil de encarar.

Eu já me peguei fazendo isso, e imediatamente procurei mudar. Não me desce essa ladainha. É muito conveniente fazer alguma coisa bizarra e dizer que os outros que não te entendem. Falo mais especificamente das atitudes que tomamos uns com os outros e não de vontades e excêntricidades. Se não influencia ninguém, num é problema de ninguém.

Pelo que parece, a responsabilidade é um ato de extremo sacrifício. E ainda aparecem com palavras forçadamente encaixadas em reações fabricadas. Mentira é o pior.


Pois então, seu problema é seu.

terça-feira, 23 de junho de 2009

fragmentos (parte IV)



"Ou pensas que é à toa que nêgo diz: Ô, bicho!"

Tem coisas que a gente nunca aprende. E fica assim, sem cor. Provado e comprovado.

"Como veio a razão ao mundo? Como é justo, de maneira irracional, por um acaso. Será preciso decifrá-lo, como um enigma."

"The stars are not wanted now: put out every one
Pack up the moon and dismantle the sun"

"I didn't rest, I didn't stop
Did we fight, did we talk?"

Transformar em medida o tamanho do significado disso tudo. Talvez assim seja compreensível.

Dores sufocam umas às outras. Parece disputa de território.

“Seres humanos mentem

Seres humanos são impulsivos

Seres humanos mudam, rapidamente, ou não”





Do terceiro significado daquilo que nos é essencial.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

magic stick



É engraçado como você sempre lembra fatos novos quando vai contar velhas histórias. Simplesmente surgem lembranças que parecem fatos não vividos. Somente assim, desbancando o próprio significado da coisa.


O problema não são as mudanças pelas quais passamos, e sim perceber quando elas ocorreram. E o mais importante, lembrar como era antes. Não pra voltar ao passado, mas pra saber onde é que você mudou. Pois a pior coisa do mundo é não admitir que você mudou. É como se seu pé crescesse e mesmo assim você usasse o mesmo número de calçado. Incômodo.

Atitudes não cabem mais em você.







how does it feel?

quinta-feira, 4 de junho de 2009

waiting




I say yes,  but I may mean no.
And i can stay till it's time to go 

.
.
.



But please, let me go. 

terça-feira, 26 de maio de 2009

mania



Parece clima de fim de tarde. 
Um eterno fim de tarde. Daqueles de inverno, que chegam mais depressa do que é perceptível.
Se eu tivesse alguma coisa pra dizer, provavelmente sairia errado. Mas eu tenho o que fazer. E isso me basta, sempre me bastou. 

Como é estranho ser humano nessas horas. 




"...E quando eu estiver mais triste

Mas triste de não ter jeito

Quando de noite me der

Vontade de me matar

— Lá sou amigo do rei —

Terei a mulher que eu quero

Na cama que escolherei... "





Tô dizendo.

segunda-feira, 18 de maio de 2009



Rotina transformada. Às vezes um empurrãozinho vai bem.

Nada que possa ser declarado. Mais que isso, não se pode ver. Estampa.

Do que ainda tem, eu não sei falar. Só sei do que não foi, do que ainda poderá ser. É chato isso, sabe? Você sempre saber o que teria sido a melhor coisa a se fazer, mas nunca faz.



Confusa.

domingo, 3 de maio de 2009

cinco segundos

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.
.
.
Escuto o que passa, na velocidade do pensamento. Com notas agudas. Graves do pesar onde deveriam ser trocadas.
Vejo o que fica gravado na retina da lembrança. Turva como água onde já não há mais vida. O brilho reclama. Pouparam meus olhos do cansaço.
Sinto o vento como roupa molhada. Debilmente sendo envolvido por uma segunda pele que jamais será minha. Preso por algo que não é palpável.
Cheiro aquela parte onde deveriam estar as flores. A(à) flor da pele. Já não se engana mais. Faz tempo que achei o que procuro.
O gosto, sempre ali, não parece ser mais sentido. Surpreso pelo salgado do suor mais uma vez. Saliva afogando aquela parte mínima que ainda resta.
.
.
.
Coração a palpitar. Suor a descer pela testa. Mãos tremendo por saber seu destino. Olhos desesperadamente fechados. Corpo dormente...



'Acorda. Já é dia.'

segunda-feira, 27 de abril de 2009

chiclete




all along the western front
people line up to receive
she got the power in her hands
to shock you like you won't believe
saw her in the amazon
with the voltage running through her skin
standing there with nothing on
she's gonna teach me how to swim

ooh girl
shock me like an electric eel
baby girl
turn me on with your electric feel
ooh girl
shock me like an electric eel
baby girl
turn me on with your electric feel

all along the eastern shore
put your circuits in the sea
this is what the world is for
making electricity
you can feel it in your mind
oh you can do it all the time
plug it in and change the world
you are my electric girl



loucura? toma: http://www.youtube.com/watch?v=UtUI5MC9tVM

segunda-feira, 13 de abril de 2009





obrigada

quinta-feira, 2 de abril de 2009

in mind





Contestação.



Preciso me perder um pouco. Deixar as partes se afastarem. Tomar um ar.
Depois brincar de quebra-cabeças. Passar mais alguns anos montando, deixando a imaginação completar as imagens que estarão a surgir.
Queria a vida mais descompactada, mais fluente. Sem blocagens de sentimentos.

Eu sabia desde o começo que seria assim. E foi essa a minha pressa, viver tudo de uma vez. O resultado é que parece que eu não durmo a anos, e agora não se tem mais o que fazer.
Exatamente uma inversão da minha cena preferida de um dos filmes preferidos.

Nunca gostei de prolongamentos sem sentido. Estraga tudo. Mesmo se o começo foi bom, se o desenrolar foi perfeito. Final ruim não dá pra perdoar.


Constatação.



your warm whispers

quinta-feira, 19 de março de 2009

fragmentos (parte III)



berro pelo aterro, pelo desterro
berro por seu berro, pelo seu erro


às vezes eu me pergunto quantas vidas existem em mim
e quantas delas vou conseguir viver


de perto, fomos quase nada


it's been a long time, since i've seen you smile



rasga, pega tudo, comprime e coloca numa latinha
daqui a uns anos, quem sabe... foi o que eu disse


se desse, sabe o que eu faria?
escreveria tudo diretamente na alma, sem forma, sem meio, sem palavras
sopro cor de anilina, de cor que não se via




essas coisas que diz toda mulher

terça-feira, 17 de março de 2009

notas pra uma segunda vez

Sugar tudo a minha volta.
Implodir. Fazer dos destroços uma paisagem de criação.
Qualquer coisa de tempo diferente. Não ter tempo. Ter o controle da dosagem.
Não gastar tudo de uma só vez. Sem papo pra altruísmo.
Aprender com a neutralidade. Controlar os batimentos cardíacos, eles definitivamente acabam com a racionalidade. Falar mais. Pensar menos.
Planejar tudo de qualquer maneira. Executar só o necessário à minha maneira.

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Olhei no espelho: perdi a coragem. Acovardei. Encarar meus olhos doeu.
Foi traição, era o que diziam. Desculpa, era o que saia da minha boca.
Alguma coisa cristalizou, não consigo mais sentir aquele calor. Minha pior decepção foi interna. Foi na raiz. Talvez ainda mostre sinais da beleza, o arbusto mais alto talvez ainda impressione, mas só eu sei a que custo. Não tem jeito, é o meu novo jeito.


quarta-feira, 11 de março de 2009

sinceridade genérica

Eu tenho medo. Erro. Já tive vergonha de alguma coisa que eu fiz. Já deixei de fazer alguma coisa por coveniência. Tenho atitudes egoístas. Sou negligente algumas vezes, deixo minha vaidade falar mais alto em outras. Falo errado. Rotulo e sou rotulada. Passo pelo que não sou. Tive oportunidades de fazer justiça algumas vezes e em algumas delas, não o fiz. Sou materialista, capitalista e mais uma 'lista' aí qualquer. Já usei as pessoas. Me deixei usar. Cogitei a oportunidade fácil como uma escolha certa dentre opções tidas como decentes. Tenho vergonha de chorar na frente dos outros. Já menti. Fiz muita besteira por quem não valia a pena e ainda briguei com quem não devia por isso. Já ignorei conselhos certeiros. Fiz confusão por puro orgulho. Não fui 100% autêntica somente pra ser melhor aceita.

Posso voltar a fazer tudo isso. Tirar vantagem. Sabendo o que estou fazendo. Em plena consciência da total falta de coerência.

E você?

sexta-feira, 6 de março de 2009

enrijecer

Pensa.Tempo.PassatempoDeQuemJáNãoPassa.
Não sei onde eu tava. Só sei que a falta de atenção me custou caro. E tá vindo na fatura até hoje.
Ah se eu soubesse...
TicTac




Bloquear.
That's what i need.







I'll send you the news from the house down the road.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009



'no line on the horizon'




youtoo

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

hoje é um bom dia para distribuir alegria



As coisas se tornam mais difíceis quando passam a ser quase que obrigatórias. Não gosto da urgência nas palavras, muito menos nas ações. Se eu fecho os olhos e ainda me vem o gosto fino da euforia na boca... Pq eu haveria de engolir inteiro? Acho que agora eu preciso dessa urgência, nem sempre se faz o que se gosta.

Minha pulsação já se acostumou aos percalços no caminho. Elasticidade, eu diria.
Muitas vezes não é nem o coração, devem ser todas as coisas que eu tenho vontade de falar, retumbando. Acho que é hora de amplificar isso, pra que se escute. Quem sabe assim se gasta, se acaba.
O tempo não cura tudo, mas trata de empoeirar as coisas inúteis o bastante para que deixem de ser vistas.


As vezes acho que.... eu acho demais as coisas.
;)






sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

jogo duro




Nunca vou parar de sonhar

(D)Efeito meu. Largo nunca... Sensação de dobrar a barra da calça, sentar na borda da piscina e ficar sorrindo pro próprio reflexo, enquanto os pés estão ali, bem refrescados num dia de calor infernal.

Deveriam ser obrigados por lei, sabe. 'Momentos de mais puro prazer por nada.'
Brincar com a sombra na parede. Tocar um instrumento imaginário. Sentir o gás do refrigerante estourar na boca. Enfiar a cara no travesseiro sem se preocupar com a hora. Enfim... Você que escolhe seu momento clichê.

Qual era seu sonho uns 9, 10 anos atrás? Quem você amava naquele tempo? De lá pra cá você fez alguma coisa que julgava condenável? Se o você de antes se encontrasse com você agora, pensaria: 'Eu quero ter uma vida assim daqui a 10 anos'?

Eu tenho minha causa. Meu caso. E o acaso é quem manda.
Obedece quem tem juízo. Desobedece quem pode.





Sem vergonha e sem culpa. Na paz.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Fm Bb (...e por aí vai)





Te esperei na lua crescer
Vi cadeira boa sentei
Espirrei na tua gripei
Por ficar ao léo resfriei

Você me agradou me acertou
Me miseravou, me aqueceu
Me rasgou a roupa e valeu
E jurou conversas de deus

Aganjú

Quem sabe a labuta quitar
Sabe o trabalho que dá
Batalhar o pão e trazer
Para a casa o sobreviver

Encontrei na rua a questão
Cem por cento a falta de chão
Vou rezar pra nunca perder
Essa estrutura que é você

Aganjú...





Tanta gente.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

divagações rotineiras







Cada rotina tem um pouco de tédio. Tire o tédio e não se tem a rotina. Sem a rotina não se tem um sequência. Se não tem sequência, nada de aprofundamento. Sem aprofundar-se, sobra a superficialidade das coisas. Só a superfície não permite o mergulho. Sem o mergulho falta a sensação de total envolvimento. Desse jeito, nada de falta de ar. Sem a falta de ar, não existem as eternidades empacotadas em minutos. Se for assim, a vida passa rápido. Em alta velocidade perdem-se os detalhes. Sem detalhes não se conhece nada de verdade. Sem verdade é difícil valer a pena. Se não vale a pena, qualquer coisa acaba te ocupando. Ocupação com coisa inútil = a falta de paixão pelas mesmas. Sem paixão não tem exagero. Sem exagero você acaba com o tédio como uma rotina e não com uma rotina com um pouco de tédio.




Baby, eu conheço a tua escola.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

fragmentos (parte II)


I'll be the one who'll break my heart.


eu não consigo entender. ninguém presta. nem eu.


agora tá batendo tão rápido que tá tando pra escutar. fora de ritmo.


Don't you cry tonight
There's a heaven above you, babe.



mas as coisas não são assim, não é vovó? são coisas que a gente não escolhe nunca...
as coisas do coração.


eu vou tentar ser bem mais competente.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

quase carnaval

Felicidade, não sai de mim
Eu tou tão cansada de ficar tão feliz
Um outro dia, eu me espantei
O quê que eu fiz, meu Deus, eu nem sei
Pra merecer tanta alegria
que muitas vezes em mim nem cabia
Amanhã eu vou acordar
Olhar no espelho, depois me gabar
Quero viver pra sempre assim
As coisas boas em cima de mim
É inútil.

sábado, 24 de janeiro de 2009

não sei





"De repente foi a coisa mais óbvia a se fazer. Fechar os olhos e ter a única certeza de posterior arrependimento. Parecia que a facilidade zombava, desdenhava da invisível trava que surgira contrapondo-se à obviedade."

Foi exatamente a cena que passou. Numa eternidade de um segundo. Numa agonia difícil de sentir. E pra variar, exatamente o contrário aconteceu. Nada de gestos surpreendentes e bruscos... Nenhuma atitude inesperada.
'O previsível é minha tortura'

A calma irritante que prosseguiu foi mais acompanhada de uma tristeza do que qualquer outra sensação. Uma dupla estranha a se formar, pra reestabelecer o curso natural. 'Foi só uma turbulência'

Certo, certo... Alheio a tudo, certeza que o coração estava prestes a se romper. Não por estar acelerado, era pela força com que pulsava. No ritmo de sempre, bombeado a maior quantidade de sangue que podia de uma vez só. Um protesto. Não importava se o céu já estava claro e calmo, breguices a parte, o tempo do coração é outro e pelo jeito ele ainda estava naquela eternidade lá de cima. Trabalhando com força pra concretizar o que sempre devia ter sido feito. 'Desculpa pelos maltratos, meu caro'






Tô ficando dramatática. What the fuck?!??!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

olho de peixe



permanentemente preso ao presente

o homem na redoma de vidro

são raros instantes de alívio e deleite

ele descobre o véu que esconde o desconhecido

como uma tomada à distância

uma grande angular

é como se nunca tivesse existido dúvida

existido dúvida


evidentemente a mente é como um baú

e o homem decide o que nele guardar

mas a razão prevalece, impõe seus limites

e ele se permite esquecer de se lembrar

é como se passasse a vida inteira

eternizando a miragem

é como o capuz negro

que cega o falcão selvagem


Se na cabeça do homem tem um porão

onde moram o instinto e a repressão

diz aí: o que tem no sótão?










Vai fazer um ano que dei um tapa na cabeça dele.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

água de coco




saudade

sau.da.de
sf (lat solitate) 1 Recordação nostálgica e suave de pessoas ou coisas distantes, ou de coisas passadas. 2 Nostalgia. 3 Ornit Pássaro muito atraente da família dos Cotingídeos (Tijuca atra); assobiador. 4 Bot Nome com que se designam várias plantas dipsacáceas e suas flores; escabiosa. 5 Bot Planta asclepiadácea (Asclepias umbellata). sf pl Lembranças, recomendações, cumprimentos. S.-da-campina: o mesmo que cega-olho, acepção 1. Saudades-de-pernambuco: o mesmo que jitirana-de-leite. Saudades-perpétuas, Bot: planta da família das Compostas (Xeranthemum annuum).

Etimologia
lat. solìtas,átis 'unidade, solidão, desamparo, retiro'; der. do lat. sólus,a,um 'só, solitário', que se conservou nas línguas hispânicas, esp. soledad, port. saudade, onde ocorrem ainda as formas sodade, com monotongação au > o, e soidade com alt. au > oi; ver 2sol(i)-; f.hist. sXIII soydade, sXV saudade, sXV soidade, sXV ssuydade.




Recorrendo ao Houaiss/Michaelis. O sol tá cozinhando meu cérebro.

sábado, 3 de janeiro de 2009

como é?

ano que vem, né?

pois tá certo... se foi, vai ser.
Se não, a gente vê no que vai dar.








Ímpares, não me decepcionem.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

getting used to it








Psicodelismo puro.


Até o fim. Não que eu me lembre do começo. É aquela coisa, sempre que vai lembrando, a história muda. Confusão, hein?

Inúltil. Parece que está indo, mas é daquele jeito estranho de despedida que não quer ser feita. Que ainda não está na hora de ser feita. Fica parecendo daquelas músicas que se não se escuta, morre. E quando chega a hora de se escutar, tem que parar no meio.


Eu realmente comecei a acreditar nesse papo de clima, ares influenciadores de mentes inquietas. Eu me acabo no ócio.... aiai.



Me disseram que era só fechar os olhos. Mentira.