domingo, 3 de maio de 2009

cinco segundos

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Escuto o que passa, na velocidade do pensamento. Com notas agudas. Graves do pesar onde deveriam ser trocadas.
Vejo o que fica gravado na retina da lembrança. Turva como água onde já não há mais vida. O brilho reclama. Pouparam meus olhos do cansaço.
Sinto o vento como roupa molhada. Debilmente sendo envolvido por uma segunda pele que jamais será minha. Preso por algo que não é palpável.
Cheiro aquela parte onde deveriam estar as flores. A(à) flor da pele. Já não se engana mais. Faz tempo que achei o que procuro.
O gosto, sempre ali, não parece ser mais sentido. Surpreso pelo salgado do suor mais uma vez. Saliva afogando aquela parte mínima que ainda resta.
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Coração a palpitar. Suor a descer pela testa. Mãos tremendo por saber seu destino. Olhos desesperadamente fechados. Corpo dormente...



'Acorda. Já é dia.'

2 comentários:

Georgina Bomfim disse...

Suspeito esse post! =X rs
xêroo!

Unknown disse...

hehehehe
né... =x