sábado, 24 de janeiro de 2009

não sei





"De repente foi a coisa mais óbvia a se fazer. Fechar os olhos e ter a única certeza de posterior arrependimento. Parecia que a facilidade zombava, desdenhava da invisível trava que surgira contrapondo-se à obviedade."

Foi exatamente a cena que passou. Numa eternidade de um segundo. Numa agonia difícil de sentir. E pra variar, exatamente o contrário aconteceu. Nada de gestos surpreendentes e bruscos... Nenhuma atitude inesperada.
'O previsível é minha tortura'

A calma irritante que prosseguiu foi mais acompanhada de uma tristeza do que qualquer outra sensação. Uma dupla estranha a se formar, pra reestabelecer o curso natural. 'Foi só uma turbulência'

Certo, certo... Alheio a tudo, certeza que o coração estava prestes a se romper. Não por estar acelerado, era pela força com que pulsava. No ritmo de sempre, bombeado a maior quantidade de sangue que podia de uma vez só. Um protesto. Não importava se o céu já estava claro e calmo, breguices a parte, o tempo do coração é outro e pelo jeito ele ainda estava naquela eternidade lá de cima. Trabalhando com força pra concretizar o que sempre devia ter sido feito. 'Desculpa pelos maltratos, meu caro'






Tô ficando dramatática. What the fuck?!??!

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