terça-feira, 14 de julho de 2009

colateral





Lucidez. Minha luz.


Toda vez que ela vem, já era. Me encadeia. Permeia. Clareia tanto que mais nada se vê.

Fico fácil. Dócil. Uma demência feliz me engradece. Engrandece por que nada mais me pára. Não por uns segundos.

E eu que não era mutável me torno maleável. E eu que era dura e meio seca me derreto com um mero ofuscamento. Minha luz.

Fica o dito pelo não dito, pois toda vez que a claridão vai embora, passo alguns momentos ainda tateando no ar, as imagens novamente se compondo. Lucidez.

Acidez. Com a escuridão o olhar se acostuma, mas de claridade não se tem notícia de costume. Egoísmo. Minha luz.

Me dá um pouco desse teu jeito. Não pra eu ser assim, mas pra ver se fica na cabeça e eu não me encanto tanto quando você vem.

Na verdade, eu não quero mais. Mas minha verdade está na essência e nem ela escapa. Rasga. Atrapalha.



Minha Lucidez.

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