sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

fragmentos (parte II)


I'll be the one who'll break my heart.


eu não consigo entender. ninguém presta. nem eu.


agora tá batendo tão rápido que tá tando pra escutar. fora de ritmo.


Don't you cry tonight
There's a heaven above you, babe.



mas as coisas não são assim, não é vovó? são coisas que a gente não escolhe nunca...
as coisas do coração.


eu vou tentar ser bem mais competente.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

quase carnaval

Felicidade, não sai de mim
Eu tou tão cansada de ficar tão feliz
Um outro dia, eu me espantei
O quê que eu fiz, meu Deus, eu nem sei
Pra merecer tanta alegria
que muitas vezes em mim nem cabia
Amanhã eu vou acordar
Olhar no espelho, depois me gabar
Quero viver pra sempre assim
As coisas boas em cima de mim
É inútil.

sábado, 24 de janeiro de 2009

não sei





"De repente foi a coisa mais óbvia a se fazer. Fechar os olhos e ter a única certeza de posterior arrependimento. Parecia que a facilidade zombava, desdenhava da invisível trava que surgira contrapondo-se à obviedade."

Foi exatamente a cena que passou. Numa eternidade de um segundo. Numa agonia difícil de sentir. E pra variar, exatamente o contrário aconteceu. Nada de gestos surpreendentes e bruscos... Nenhuma atitude inesperada.
'O previsível é minha tortura'

A calma irritante que prosseguiu foi mais acompanhada de uma tristeza do que qualquer outra sensação. Uma dupla estranha a se formar, pra reestabelecer o curso natural. 'Foi só uma turbulência'

Certo, certo... Alheio a tudo, certeza que o coração estava prestes a se romper. Não por estar acelerado, era pela força com que pulsava. No ritmo de sempre, bombeado a maior quantidade de sangue que podia de uma vez só. Um protesto. Não importava se o céu já estava claro e calmo, breguices a parte, o tempo do coração é outro e pelo jeito ele ainda estava naquela eternidade lá de cima. Trabalhando com força pra concretizar o que sempre devia ter sido feito. 'Desculpa pelos maltratos, meu caro'






Tô ficando dramatática. What the fuck?!??!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

olho de peixe



permanentemente preso ao presente

o homem na redoma de vidro

são raros instantes de alívio e deleite

ele descobre o véu que esconde o desconhecido

como uma tomada à distância

uma grande angular

é como se nunca tivesse existido dúvida

existido dúvida


evidentemente a mente é como um baú

e o homem decide o que nele guardar

mas a razão prevalece, impõe seus limites

e ele se permite esquecer de se lembrar

é como se passasse a vida inteira

eternizando a miragem

é como o capuz negro

que cega o falcão selvagem


Se na cabeça do homem tem um porão

onde moram o instinto e a repressão

diz aí: o que tem no sótão?










Vai fazer um ano que dei um tapa na cabeça dele.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

água de coco




saudade

sau.da.de
sf (lat solitate) 1 Recordação nostálgica e suave de pessoas ou coisas distantes, ou de coisas passadas. 2 Nostalgia. 3 Ornit Pássaro muito atraente da família dos Cotingídeos (Tijuca atra); assobiador. 4 Bot Nome com que se designam várias plantas dipsacáceas e suas flores; escabiosa. 5 Bot Planta asclepiadácea (Asclepias umbellata). sf pl Lembranças, recomendações, cumprimentos. S.-da-campina: o mesmo que cega-olho, acepção 1. Saudades-de-pernambuco: o mesmo que jitirana-de-leite. Saudades-perpétuas, Bot: planta da família das Compostas (Xeranthemum annuum).

Etimologia
lat. solìtas,átis 'unidade, solidão, desamparo, retiro'; der. do lat. sólus,a,um 'só, solitário', que se conservou nas línguas hispânicas, esp. soledad, port. saudade, onde ocorrem ainda as formas sodade, com monotongação au > o, e soidade com alt. au > oi; ver 2sol(i)-; f.hist. sXIII soydade, sXV saudade, sXV soidade, sXV ssuydade.




Recorrendo ao Houaiss/Michaelis. O sol tá cozinhando meu cérebro.

sábado, 3 de janeiro de 2009

como é?

ano que vem, né?

pois tá certo... se foi, vai ser.
Se não, a gente vê no que vai dar.








Ímpares, não me decepcionem.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

getting used to it








Psicodelismo puro.


Até o fim. Não que eu me lembre do começo. É aquela coisa, sempre que vai lembrando, a história muda. Confusão, hein?

Inúltil. Parece que está indo, mas é daquele jeito estranho de despedida que não quer ser feita. Que ainda não está na hora de ser feita. Fica parecendo daquelas músicas que se não se escuta, morre. E quando chega a hora de se escutar, tem que parar no meio.


Eu realmente comecei a acreditar nesse papo de clima, ares influenciadores de mentes inquietas. Eu me acabo no ócio.... aiai.



Me disseram que era só fechar os olhos. Mentira.